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Verdades e Mentiras sobre a Lei da Atração

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Mensagem  Admin Sex Nov 23, 2007 10:43 pm

Verdades e Mentiras Sobre a Lei da Atração é um livro escrito por Philip Hill que discute os conceitos do filme e do livro The Secret, O Segredo, escrito pela australiana Rhonda Byrne. O livro de Philip Hill, em sua edição brasileira, pela Editora Novo Século, tem 160 páginas, capa dura e está dividido nos seguintes capítulos: Os mestres de Rhonda; O poder mental é uma realidade; Segredo ou Código?; Poucos querem ser ricos?; A sorte existe; Eternamente jovens?; Rhonda pulou o "como"; Somos deuses imortais?; Que milagres são esses?; Antes do dinheiro e da fama, a verdade.


[editar] Capítulo sobre a Sorte
No livro O Segredo, Rhonda Byrne e seus “mestres” defendem a tese de que a sorte não existe. Até mesmo em um acidente de avião as pessoas que estão no aparelho têm responsabilidade sobre a catástrofe, por criarem imagens negativas. Em um capítulo do livro Verdades e mentiras sobre a Lei da Atração, o professor Philip Hill fala sobre o tema. Vejamos:

A Sorte Existe

O Segredo afirma que você é responsável por tudo que lhe acontece. Na página 27, Joe Vitale, que de morador de rua é anunciado como “um dos maiores especialistas do mundo em marketing” – e deve ter muita convicção do que diz, pois escreveu um livro intitulado “The Atractor Factor” – assegura que você atrai suas dívidas e clientes que lhe dão dor de cabeça (até aí tudo bem), mas que também atrai acidentes, por exemplo.

O parágrafo seguinte, presumivelmente escrito por Rhonda Byrne, deixa claro que se você está em um avião e ele cai, a culpa é sua. Diz o texto: “Freqüentemente, quando as pessoas ouvem pela primeira vez essa parte do Segredo, elas se lembram de acontecimentos históricos marcados por mortes massivas, e acham incompreensível que tantas pessoas pudessem ter-se atraído para o acontecimento. Pela lei da atração, elas tinham de estar na mesma freqüência do acontecimento... Se as pessoas acreditam que podem estar no lugar errado na hora errada, e que não têm controle sobre as circunstâncias externas, se esses pensamentos de medo, separação e impotência forem contínuos, elas poderão atraí-las para o lugar errado na hora errada”.

Na página 29, Bob Doyle, um jovem simpático, especializado “na ciência da lei da atração”, parece tentar amenizar a afirmação de Vitale, ao dizer: “A maioria de nós atrai por descuido. Nós simplesmente pensamos que não temos controle algum sobre as coisas. Nossos pensamentos e sentimentos estão no piloto automático, e assim tudo nos é trazido por descuido”.

Ok. Então há acontecimentos negativos que são gerados conscientemente por nós, pois se temos medo de que algo aconteça e pensamos muito nessa hipótese, estamos justamente fazendo com que ela se materialize? E em outras oportunidades, mesmo distraídos, também somos os responsáveis, por descuido? Bem, então não há nada que ocorra à nossa volta que não seja, consciente ou inconscientemente, provocado por nós?

Ora, essa teoria acaba totalmente com a imponderabilidade na vida humana e no próprio planeta. A tsunami não foi gerada pelo El Niño, mas pelas populações ribeirinhas vitimadas pela catástrofe; as cidades que viveram séculos tranqüilamente nas encostas de vulcões adormecidos são responsáveis por seu despertar, assim como as vítimas de ciclones e terremotos; Hiroshima e Nagasaki atraíram a bomba atômica; as pessoas que estavam nas Torres Gêmeas provocaram o choque dos aviões e por aí vai...

Para provar que há um fundo de verdade numa afirmação dessas, seria preciso descobrir um detector de pensamentos que daria um sinal quando a maioria das pessoas de um determinador lugar estivessem com idéias funestas. Vai nesse vôo? Um minutinho, vamos medir seus pensamentos. Ô, ô, é melhor o senhor permanecer em terra.

No caso de cidades, quem sabe aparelhos com vetores verde e vermelho pudessem captar as ondas cerebrais no ar. Deu vermelho? Atenção, saiam de suas casas e procurem abrigo porque alguma coisa ruim, que a gente não sabe o que é, está para acontecer. Atenção habitantes de Los Angeles, o big one está chegando!

Não sei o que levou Rhonda Byrne a acatar, ou permitir, declarações temerárias como estas de Joe Vitale e Bob Doyle. Provavelmente a pressa de fazer o livro e jogá-lo no mercado tenha relaxado o cuidado com a revisão de palavras e, o mais importante, conceitos. Não há evidências científicas ou lógicas para se negar a existência da imponderabilidade. Sorte existe, minha gente, boa ou má.

Ninguém tem um mérito especial por ganhar na loteria, a não ser o de ter jogado, como milhões de outros. Também seria absurdo imaginar que um grupo alegre de velhinhos em férias tenha alguma responsabilidade pelo motorista ter derrapado na curva e jogado o ônibus no abismo. Ou que o fazendeiro exemplar, aquele tipo de sujeito organizado e cuidadoso, perca toda a colheita numa época de grande seca.

A escritora Marci Shimoff, sem dúvida uma das vozes mais sensatas do time de mentores do livro, ao menos tenta diminuir a angústia do leitor, enfatizando, na página 29, que é o sentimento (feeling, percepção), mais do que o pensamento, que deve ser consultado para guiar sua vida e mostrar-lhe as melhores escolhas: “É impossível monitorar cada pensamento que nós temos. Os pesquisadores nos dizem que temos cerca de 60 mil pensamentos por dia. Você pode imaginar como se sentiria exausto tentando controlar todos esses 60 mil pensamentos? Felizmente, há um modo mais fácil: nossos sentimentos. Eles nos informam sobre o que estamos pensando”.

Deixe-me ver se entendi bem: você está num lugar, tem um pressentimento que algo vai dar errado e cai fora? Ok. Fazemos isso várias vezes na vida. No fim de uma festa, por exemplo, quando bêbados agressivos passam a ser a maioria dos presentes, eu sei que é uma boa hora para ir dormir. Mas e se você está num navio, num avião, ou mora numa cidade sobre a grande fenda e não se vê morando em outro lugar? Bem, aí você torce para que tudo dê certo, apesar de seus temores.

Eu, por exemplo, sou um dos que têm medo de andar de avião, principalmente em viagens longas (não me chamem para dar palestras longe de casa). Porém, descobri, divido essa covardia com a maioria das pessoas que viaja pelos céus. Estudos provam que menos de 2% dos passageiros se sentem completamente à vontade nessas aeronaves, 23% ficam amedrontados e 74% simplesmente apavorados. Pois este pânico generalizado – na forma de infinitos pensamentos negativos – não faz com que a maioria dos aviões se esborrache no solo, ao contrário. Com raríssimas exceções, todos decolam e pousam sem problemas.

Finalmente, se cada indivíduo fosse responsável por tudo que lhe acontece, e se alguns gênios da humanidade, citados no livro como conhecedores de “O Segredo”, pudessem controlar o seu destino, ficaria difícil compreender por que o compositor Ludwig van Beethoven (16/12/1770-26/03/1827) perdeu a audição; o presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln (12/02/1809-15/04/1865) foi assassinado ao fim da Guerra Civil e o físico alemão Albert Einstein (14/03/1879-18/04/1955), pacifista declarado, contribuiu para a descoberta da bomba atômica.

Os humores do Universo

A sorte pode ser apreciada na natureza. Por que um raio cai em determinado lugar? Por que alguns dias de verão são muito mais quentes do que outros? Por que nunca se sabe exatamente a intensidade de uma nevasca? Bem, há muitas perguntas sem respostas. Ora, se a natureza segue as leis do Universo, então vivemos também sob a lei da imponderabilidade.

E quando digo “vivemos” estou estendendo essa condição a toda espécie humana, a todo ser vivo, ao planeta inteiro. Sem querer parecer catastrófico, lembro que a vida na terra continua por um fio. Só conseguimos viver numa pequena faixa que vai de alguns metros abaixo do solo a poucos milhares de metros acima do nível do mar. Nossa casa depende de um equilíbrio quase perfeito para continuar habitável. E mesmo que cuidemos muito bem dela, um pedregulho perdido no espaço pode colocar tudo a perder.

Os dinossauros provavelmente não pensavam. Porém, mesmo que fossem Einsteins de quatro patas, não conseguiriam impedir sua extinção há 65 milhões de anos, quando um asteróide de 10 a 15 quilômetros de diâmetro caiu onde hoje é a Península de Yucatán, no México, e causou tal explosão que levantou poeira, vapor e ácido sulfúrico capaz de impedir que a luz do Sol penetrasse na Terra durante anos, tempo suficiente para matar todos os dinossauros, que dominavam o planeta há mais de 160 milhões de anos (bem, ao menos esta é a teoria apresentada pelo geofísico norte-americano Luis Alvarez em 1980).

O problema, é que o perigo que isso volte a ocorrer não está descartado. O satélite Infrared Space Observatory (ISO), lançado pela European Space Agency (ESA), descobriu que há dois milhões de asteróides com mais de um quilômetro de diâmetro, exatamente o dobro do que se imaginava, no chamado Cinturão de Asteróides entre Marte e Júpiter. Se eles ficarem por lá, tudo bem, mas colisões entre eles ou a atração pelo campo gravitacional de Júpiter podem modificar suas órbitas e fazê-los cruzar com a Terra.

Existem, ainda, no nosso Sistema Solar, famílias de asteróides chamadas Amor, Apolos, Atens, que vagam sem rumo e podem se chocar com nosso planeta. Antes não se acreditava muito nessa possibilidade, mas agora, com o avanço da astronomia e a constante fiscalização do espaço, sabe-se que essas catástrofes são plenamente possíveis. Volta e meia um pedregulho desses está passando perto de nossas cabeças.

No dia 7 de janeiro de 2002 o asteróide batizado de 2001 YB5 chegou a cerca de 600.000 quilômetros da Terra, ou duas vezes a distância Terra-Lua, que é muito pequena para os padrões astronômicos. Com um diâmetro entre 300 e 400 metros, a pedra rolante provocaria um impacto equivalente à explosão de milhares de bombas nucleares. Dois meses depois, no dia 8 de março, foi a vez do 2002 EM7 passar a apenas 1,2 vezes a distância Terra-Lua. E ele era maior do que o asteróide que em 1908 destruiu milhares de quilômetros quadrados na região de Tunguska, na Sibéria.

As visitas vão continuar. Em 13 de abril de 2029 o 2004 MN4, com 400 metros de largura, deverá passar perto, e há 2,6% de chances de que caia no nosso telhado. Não fosse a atmosfera, que freia e queima boa parte dos invasores antes que toquem o solo, e a superfície da terra seria como a da Lua, repleta de crateras. E não adianta imaginar que, como no filme Armagedon, o homem já tem condição de desviar a trajetória desses intrusos. Seriam necessários de 20 a 30 anos, após a detecção do asteróide, para desenvolver a tecnologia necessária para destruí-lo ou desviá-lo.

Bem, este não é um livro para astrônomos. Toquei neste assunto apenas para mostrar que por mais que se saiba o que quer e se consiga manter o pensamento focado em coisas boas, também estamos sujeitos, como toda a natureza, às leis da imponderabilidade. Não se sinta culpado se seus pensamentos nem sempre forem os melhores. Somos humanos, imperfeitos. Estamos a cada dia dando um passo em busca da perfeição e do conhecimento, mas a jornada ainda mal começou.

(Philip Hill, pags. 85 a 95, Verdades e Mentiras sobre a Lei da Atração)
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